Na permanência fizemos bolachinhas de gengibre...
A data marca, para os católicos, o dia para a veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VII converteu nos santos Melchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.
Em Portugal e na Galiza, o bolo rei ou bolo de Reis possui grande tradição e é confecionado com um brinde e uma fava. A pessoa que encontra a fava deve trazer o bolo de Reis
no ano seguinte e quem encontra o brinde terá muita sorte! E quem é que nunca encontrou a fava no bolo rei?! (Hoje em dia são raras as pastelarias que cumprem esta tão antiga tradição!)
Por todo o país, mas mais para as regiões do interior e aldeias, as pessoas costumam «cantar as
janeiras», «cantar os Reis» ou as «reisadas», de porta em porta. São
convidadas a entrar para o interior das casas, sendo-lhes oferecidas
pequenas refeições como doces, salgados, charcutarias, vinhos, etc.
E porque se faz o Bolo rei?
A origem do bolo-rei remonta, ao que se sabe, ao tempo dos romanos.
Estes tinham por hábito eleger o rei da festa durante os banquetes
festivos, o que era feito tirando à sorte com favas, pelo que era também
designado por vezes de rei da fava. A Igreja Católica aproveitou o
facto de aquele jogo ser característica do mês de Dezembro e decidiu
relacioná-lo com a
natividade e com a epifania,
ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro. A influência da
Igreja na Idade Média determinou que esta última data fosse designada
por Dia de Reis e simbolizada por uma fava introduzida num bolo, cuja
receita se desconhece atualmente.